Num futuro distante a humanidade deixou o planeta ser destruído, mas com a ajuda da tecnologia encontrou um meio de enviar as consciências de algumas pessoas para substituir a de outras no passado (no caso, o Século XXI) que viriam a morrer de causas fortuitas. É o programa Viajantes, e os participantes trabalham em conjunto, secretamente, para salvar a humanidade da destruição.
Em minha opinião, esta é uma das melhores séries de ficção científica dos últimos tempos, que teve três excelentes temporadas no catálogo da Netflix, e que merecia se não novas temporadas, pelo menos um final mais digno do que a empresa de streaming ofereceu a ela.
Acontece que a empresa nem ao menos fez um anúncio oficial sobre o fim da série. Quem avisou aos fãs que “Travelers” não terá uma quarta temporada (ao menos por enquanto) foi o ator Eric McCormack (que além de interpretar o Agente McLaren é um dos produtores da série), que em primeiro de fevereiro gravou um vídeo para suas redes sociais dando a notícia.
Muitos de vocês vêm perguntando sobre a possibilidade de uma 4ª temporada, mas muitos têm dito: ‘Veja, se for só isso, que final emocionante e profundo que tivemos’. Bem, receio que seja só isso. Quem sabe o que o futuro reserva, mas o Programa de Viajantes 1, como nós o chamamos, está completo… Muito amor de 3468 para o século 21.
O mais incrível é que mesmo sem nenhuma divulgação da Netflix (apenas um trailer, uma semana antes da estreia da terceira temporada, somente em Inglês), “Travelers” não teve nenhum problema de audiência. O que teria levado ao cancelamento da série seriam “problemas artísticos”.
E esse aparente descaso também contrasta com o investimento que a Netflix fez na série: a terceira temporada foi totalmente financiada pelo serviço de streaming em função do excelente desempenho dos primeiros episódios, que foram produzidos pelo canal de tevê canadense Showcase.
De qualquer forma, prefiro manter a esperança de que manifestações dos fãs sobre a série possam fazer com que a Netflix mude de ideia, como já aconteceu com outros títulos do seu catálogo (como Lúcifer, que teve uma nova temporada inteira após o seu cancelamento; ou como Sense8, que teve um episódio de fechamento após a série estar cancelada — tudo graças ao clamor da audiência).
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