Antes de prosseguir com a leitura deste post esteja ciente que haverá spoilers em abundância caso você ainda não tenha assistido à quarta temporada de Stranger Things. Prossiga por sua conta!
É difícil para os fãs da série dos Irmãos Duffer admitir que falta apenas mais uma temporada para que a história dos adolescentes mais maneiros dos Anos 80 chegue ao fim.
Muito se especula a respeito da quinta temporada de Stranger Things, e nesse sentido resolvemos nós mesmos levantar algumas especulações, trazendo 10 perguntas que requerem respostas, ou situações que precisam acontecer.
Índice de tópicos
1. O desfecho de Vecna
Vecna causou muito estrago na quarta temporada, embora ele estivesse o tempo todo presente no roteiro, e só os espectadores não soubessem.
Sabemos que ao matar Max ele completou o quarto portal, de que precisava para trazer sua destruição para Hawkins, para em seguida conquistar o mundo inteiro. Ele só não teve sucesso em seu plano porque Onze deu uns catiripapos bem dados nele.
Entretanto, ele deve voltar para a quinta temporada, e esperamos que este vínculo todo especial dele com o Will e a Nancy seja explicado.
2. O destino de Max
Não dá para falar de Vecna sem lembrar o que o desgraçado fez com Max, uma de nossas personagens favoritas da quarta temporada: ele a matou para abrir o quarto portal, mas Onze conseguiu ressuscitá-la com o poder das lembranças felizes do passado.
Entretanto, “ressuscitar” significa apenas que Max voltou a respirar, pois a moça está em coma no hospital, com os membros fraturados, os olhos provavelmente estourados, e em coma.
A quinta temporada de Stranger Things vai ter que dar um destino à personagem, que foi a primeira a entender como a mente de Vecna funciona, possibilitando um plano de fuga do mundo invertido.
3. A vida amorosa de Steve
Assim como todos os personagens, Steve amadureceu muito na quarta temporada, deixando de ser o “dom juan” juvenil da escola secundária para tornar-se parte fundamental do processo de salvamento do mundo.
Consequentemente, ele já percebeu o quanto foi trouxa de perder a Nancy para o Jonathan.
A despeito de tudo isso, a pergunta que fica é: Steve terá uma vida amorosa na quinta temporada? Se sim, com quem vai ser? Ou será que as emoções reservadas para ele são, digamos, de outra natureza?
4. Robin e Vickie
Certamente, um dos principais catalisadores do processo de amadurecimento de Steve foi a amizade com a colega de videolocadora, Robin Buckley.
Na terceira temporada Robin saiu do armário para Steve, e desde então os dois se tornaram grandes amigos. Robin é a primeira personagem abertamente homossexual da série, e encarna os medos e dramas pessoais de quem viveu sua adolescência nos Anos 80, quando a sociedade em geral era muito mais fechada às orientações sexuais menos convencionais.
Vickie é clarinetista na mesma banda em que Robin toca, e apesar de as duas passarem tempo tão próximas parece não fazer a menor ideia de que a colega nutre um crush por si.
Esperamos que ou elas fiquem juntas no final, ou que pelo menos Robin encontre uma moça que a ame e ao lado de quem possa ser feliz.
5. Os russos
Quando os russos apareceram como antagonistas, revelando planejarem abrir um portal para o Mundo Invertido e até mesmo que tinham um demogorgon, supus que seria uma mera referência aos clichês de guerra fria explorados pelos filmes oitentistas (e mais além) até a náusea.
Mas eis que no fim das contas eles tinham uma criação demogorgons e até mesmo o Harper estava sob seu poder. Foi um arco interessante acontecendo paralelamente à história das “crianças”, que valorizou a força da personagem Joyce Byers.
Agora, na quinta temporada, esperamos que se expliquem os porquês e como as coisas aconteceram, bem como que deem um desfecho decente para Antonov e Yuri Ismaylov (adoro o “is my love” caricato).
6. Dustin e Suzie
Se Dustin e Suzie formavam um improvável par romântico namorando por ondas curtas, na quarta temporada a moça mostrou ser bem mais que uma coadjuvante menor com quem o herói faria um dueto de “Neverending Story”.
Esperamos que os dois também possam ter seus finais felizes, de alguma maneira.
7. Harper e Joyce
É certo que Stranger Things parece ser um universo bem pouco favorável ao romance, haja vista apenas Onze e Mike terem conseguido acertar o passo até agora — claro que sem contar os pais das crianças, já que há alguns casais estáveis na trama, e acreditamos que felizes à sua maneira.
Contudo, nenhum casal tem um histórico mais conturbado que Joyce e Harper, que vêm numa sequência de desencontros improváveis. Mas após ter atravessado o planeta para resgatar seu amado, e após ter comido o pão que o diabo amassou numa prisão russa clandestina, eles já estão merecendo pelo menos um encontro sem precisar se preocupar com as crianças ou com salvar Hawkins das ameaças do Mundo Invertido.
8. A terrível morte de Ed
Poucos sabem, mas nos Anos 80 este editor tinha amigos — sim, no plural — com cabeleiras idênticas à de Ed, o personagem mais improvavelmente carismático da série.
Em suas primeiras aparições Ed parecia ser um idiota, uma pessoa desagradável e sem virtudes. Acusado de um terrível crime que não cometeu, o jovem metaleiro acabou dando sua vida para salvar da destruição a cidade que o odiava.
E sejamos honestos: que morte besta e sem sentido!
Há petições online pedindo a volta de Ed na quinta temporada de Stranger Things. Esperamos que ele volte, mesmo que da maneira mais absurda (afinal, é absolutamente verossímil que uma menina tenha poderes psíquicos capazes de banir um desafeto para o planeta do Quarteto Fantástico, #sóquenão).
9. O Mundo Invertido
Já se passaram anos desde a estreia de Stranger Things, mas até agora não foi revelado ao grande público o que efetivamente é o Mundo Invertido.
Não importa se o Mundo Invertido é um universo paralelo, o próprio inferno, uma projeção mental da Onze ou do Vecna, ou o mesmo universo onde a história passa apenas num outro tempo, à la Dark. Importa é que os fãs querem uma resposta definitiva!
10. Will saindo do armário
Muito se tem falado por aí sobre a sexualidade de Will Byers. Com a exibição da quarta temporada, que prepara o terreno para o encerramento de todas as histórias, mais elementos sobre o assunto surgiram, e espera-se que na quinta temporada, mais focada na maioridade dos personagens, e no vínculo de Will com Henry (ou Vecna), essa questão seja esclarecida.
Há dois momentos particularmente eloquentes sobre esse aspecto da personalidade de Will, embora tudo muito velado (como era normal esta categoria de questão ser abordada nos Anos 80): a conversa entre Will e Mike sobre os sentimentos deste com relação a Onze; e o diálogo emocionado de Will com seu irmão Jonathan à beira do congelador de pizzas que seria a câmara de privação sensorial de Onze.
Não creio que o personagem vá ser mais ou menos apreciado em função de sua sexualidade. Entretanto, pensando em termos de representatividade, torço muito para ele seja mesmo homossexual e que encontre acolhimento em sua família e com seus amigos para ser quem ele é.
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