Resenha de filme: O Matador

Primeiro filme brasileiro produzido pela Netflix chega com uma grande expectativa. Diz o ditado que grandes expectativas implicam grandes decepções.

Já havia alguns dias que eu queria ver “O Matador”, primeiro filme de produção brasileira da Netflix. Evitei ao máximo de ler qualquer coisa a respeito para não ser contaminado pelo ranço dos críticos ou pela euforia dos fanboys de plantão.

A trama é complexa, com idas e vindas na linha do tempo — um recurso que se não for bem utilizado para contar a história acaba por me irritar mais do que qualquer coisa — e um grande número de personagens e subtramas, a ponto de eu confundir um com outro em alguns momentos.

O enredo se desenvolve entre 1910 e 1940 no sertão pernambucano, contando a história de Cabeleira, um matador profissional que foi “adotado” de uma maneira bem estranha pelo matador dos matadores, o Sete Orelhas.

Cheio de artistas desconhecidos (o único de quem eu lembro ter visto algo antes é o pouco expressivo Paulo Gorgulho), o filme marca mais pela violência muito bem retratada em efeitos especiais e maquiagem. São muitas cenas de partes do corpo sendo decepadas, crânios sendo arrebentados ou perfurados.

Contudo, não é um filme ruim, bem ao contrário. Talvez um espectador mais antenado nos detalhes, mais capaz de acompanhar um monte de personagens e histórias paralelas, aprecie esta obra mais do que eu consegui apreciar.

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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