Black Mirror, Quarta Temporada: o que eu aprendi com ela

A quarta temporada de “Black Mirror” pode ensinar uma coisinha ou duas sobre comportamento humano a quem tenha olhos para ver, e veja.

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Black Mirror é uma série televisiva produzida e transmitida pela Netflix, pelo seu serviço de streaming via Internet. Sua quarta temporada foi liberada recentemente, e como sempre deu muito o que falar: tanto as pessoas que gostaram dos episódios recentes quanto as que desgostaram têm falado bastante sobre eles.

Eu gostei, de maneira geral, desta nova temporada.

Entretanto, as pessoas em geral parecem discordar de mim quanto ao melhor episódio da temporada: eu acho que foi Hang the DJ, geral acha que foi Black Museum, que também é o episódio que fecha a temporada.

Black Museum

Em Black Museum acompanhamos a história de uma moça que chega a um “museu do crime” à beira de uma estrada. Lá o dono do estabelecimento exibe uma coleção macabra de objetos ligados a crimes terríveis, sendo que a atração principal é de extrema crueldade, pois além de ser algo ligado a um crime já ocorrido faculta que novos terríveis crimes sejam praticados o tempo todo.

Hang the DJ

Hang the DJ conta a história de pessoas que se encontram por meio de um aplicativo que não as deixa com muitas opções: a validade de cada relação é previamente determinada pelo próprio sistema, o lugar onde o casal vai passar o tempo determinado é definido também pelo aplicativo, assim como é até mesmo a escolha dos pratos no restaurante. E a força da história se mostra quando um destes casais resolve quebrar as regras e contrariar o que lhes foi predeterminado.

O fator “vingança”

A diferença básica entre um episódio e outro é o fator “vingança”: em um a tônica é um casal que descobriu que se ama e quer ficar junto; no outro é uma pessoa que teve sua vida destruída e por isso acha que é certo destruir a vida de outrem.

Por mais apavorante que seja, a maioria das pessoas sente atração pela vingança.

Ou não

Ou então isso é tudo viagem da minha cabeça e as pessoas gostaram mais da trama mais intrincada, das referências a outros episódios de Black Mirror (desta e de outras temporadas), e eu sou o único que não me dei conta que Hang the DJ é tosco e burro, assim como eu.

Vai saber, né?

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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