Rio, o filme: eu fui ver

Hoje à tarde fui com meus amigos ao cinema ver o filme Rio, badalado em terras tupiniquins por ser dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha. Fui a uma sala de projeção 3D, com som ótimo, e assisti a uma cópia dublada. Em uma palavra: adorei.

Confesso que estava curioso, mas não animado com o filme. Imaginava que a decepção seria iminente em função do que, em minha percepção, passa a ideia de excesso de promoção. Com essa expectativa negativa, as qualidades do filme ficaram mais evidentes, a ponto de eu resenhá-lo aqui!

Não tenho nenhuma reclamação a fazer, o trabalho ficou perfeito. O 3D é que, em minha humilde opinião (de consumidor) foi um preciosismo desnecessário: se eu soubesse, teria trocado o efeito espacial por uma imagem mais brilhante e com melhor contraste do que proporcionam aos desconfortáveis antolhos.

Embora previsível, o roteiro é muito, muito bom. O ritmo com que a história é contada faz com que os 90 minutos de filme (nem sei se a duração é essa mesmo) passem voando.

O humor empregado no filme inteiro é um capítulo à parte nos elogios. Algumas piadas são sutis, mas muito inteligentes e divertidas; outras são tão inesperadas que marcam ainda mais: eu rio só de lembrar da frase “armaram para mim, pegaram o cara errado” (não digo mais para não estragar a surpresa de quem ainda não assistiu ao filme).

Outro ponto que merece destaque é a quantidade de gente gorda que aparece na animação. Praticamente em toda cena tem um personagem gordinho, proporcionando uma espécie de “inclusão social” para os portadores de sobrepeso. Quem tiver olhos que veja.

Aliás, o ponto mais alto do filme, em minha opinião, é a belíssima maneira como foi retratado o Rio de Janeiro: a fotografia é primorosa, não endeusaram nem “monstrificaram” o Rio. Diversos aspectos culturais da cidade foram mostrados, como o Carnaval (óbvio que um filme com o nome “Rio” teria de mostrar alguma coisa de Carnaval, mas fizeram-no de uma maneira extremamente competente) e os bailes funk (inclusive com os “duelos” entre facções diferentes). Até mesmo uma sutil, muito sutil, alusão ao uso de drogas foi feita, mas as crianças e os mais inocentes certamente nem pegarão a referência.

Enfim, fazia tempo que eu não me divertia tanto no cinema. Recomendo que, antes de fazer download do filme Rio (não que eu aprove — ou reprove — esse tipo de coisa), as pessoas vão ao cinema para ver. Mesmo que sua tevê seja maravilhosa, nada se compara a assistir uma delícia dessas em tela gigante.

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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