Resenha de “Reza a Lenda”

Numa ida qualquer ao cinema vi o trailer de "Reza a Lenda", filme com Cauã Raymond e Sophie Charlotte, e senti a esperança de ver uma produção nacional tão boa quanto Dois Coelhos; principalmente se considerarmos que o cinema nacional parece fadado a sofrer com os episódios estendidos de Zorra Total estrelados pelo elenco de humoristas sem graça da Globo TV.

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Preconceituoso que sou, logo o apelidei de Mad Max da Caatinga (mas foi um apelido elogioso, mesmo sem ver o filme, só pelo trailer, uma vez que Mad Max é um dos meus filmes favoritos).

Aqui começam os spoilers, se não quiser saber revelações do enredo por favor pare de ler agora.

“Reza a Lenda” conta a história de Ara, um sertanejo determinado a fazer chover no Nordeste, enquanto luta com seus próprios traumas e conflitos, entre os quais o ciúmes de Severina, sua mulher.

O filme foi muito massacrado pela crítica, mas é porque esta levou o cérebro ao cinema quando foi ver a fita. A meu turno, fui com a expectativa mais baixa possível, e acabei gostando do que vi.

Por exemplo, o filme é todo feito de clichês, mas todos bem amarradinhos: nudez (inclusive Raymond pagando bundinha), romance, ciúmes, sexo, magia, sotaque pernambucano, motocicletas velhas, perseguições em alta velocidade, violência (gratuita e mais gratuita ainda), um vilão cruel e sem coração, fanatismo religioso, um anti-herói, tiros e explosões.

Destaco dois aspectos que me agradaram bastante nessa fita: a fotografia e a trilha sonora. Nada tão acima do nível geral da obra, mas cumpriram bem seus papeis.

Minha sugestão, afinal, é de que você vá ver o filme. Se possível desligue o cérebro junto com o celular, e religue-o depois do fim da sessão. Com certeza não terá sido o pior filme nacional que você já terá pago pra ver.

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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