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Ira Levin, falecido em 2007 aos 78 anos de idade, é o autor de diversas obras que também acabaram sendo sucesso no cinema, tais como “Meninos do Brasil” e “O Bebê de Rosemary” (títulos das traduções brasileiras).
O livro foi escrito em 1970 — e parece que vai virar filme em algum momento depois que passar a pandemia de coronavírus — e é um romance do gênero distopia, ou seja, um lugar ou estado imaginário em que se vive em condições de extrema opressão, desespero ou privação (o contrário da utopia).
O enredo conta a história de Quem (o nome original do personagem, Chip, é bem melhor), um cidadão ou “membro” de uma sociedade de países unificados, comandada por um computador central chamado de Uni (forma carinhosa de UniComp). O objetivo desse governo central é manter uma sociedade aparentemente perfeita, sem revoltas, sem ambições, sem doenças, em que todo mundo pode viver saudavelmente até o limite máximo de 62 anos de idade — número que ninguém contesta por estarem todos muito cordatos graças ao tratamento mensal de quimioterapia.
É difícil resenhar esta obra magnífica sem dar algum spoiler. Tentando não estragar a leitura de ninguém, contudo, posso dizer que Quem acaba por encontrar forças para pensar por si próprio, encontra outras pessoas com os mesmos ideais, e essas pessoas todas juntas caminham para um final surpreendente.
Recomendo a leitura, embora não seja nada fácil encontrar este livro em Português, e quando se encontra o exemplar custa caro pra caramba. Mas quem tiver a habilidade para procurar nos porões da Internet poderá facilmente encontrar versões eletrônicas nos formatos MOBI, EPUB e PDF, para download.
Apesar da importância de “Este Mundo Perfeito” e da genialidade da obra que continua tão atual apesar de ser mais velha que eu, só fiquei sabendo da sua existência ao rever um episódio de Travelers em que a pedagoga Grace sugere uma leitura para o suposto aluno Trevor; tratava-se deste livro, que comecei a ler imediatamente e do qual não consegui desgrudar até chegar ao seu final.
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