Heroes, Segunda Temporada, Episódio 6: A Linha

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Atenção: este artigo contém spoilers, muitos spoilers. Se você ainda não viu o sexto episódio da segunda temporada, não leia este artigo, porque eu vou contar tudo o que acontece nele. Pare de ler imediatamente se por algum motivo você não quer ficar sabendo de tudo o que acontece no sexto episódio da segunda temporada de Heroes. Vou inclusive falar sobre coisas que andei lendo sobre os próximos episódios, que nem foram exibidos. Está dado o aviso!

Não deu para esperar. A angústia de querer assistir o sexto episódio da segunda temporada de Heroes me fez não ter paciência para esperar a divulgação de nenhuma legenda em Português, e acabei encarando assistir o episódio inteirinho em Inglês. Claro, quase que eu esqueci que essa era a única alternativa, já que fui a Nova Iorque só para assistir esse episódio; mas nem saí do aeroporto, assisti lá mesmo, e voltei, viram caros leitores?

Resumindo em uma palavra o episódio, posso dizer o que sempre comento com meu amigo Marco: fodástico!

Sei que já avisei antes, mas vou avisar de novo: a partir desse ponto haverá spoilers, ou seja, vou fazer comentários que revelarão detalhes sobre o episódio, e se você não viu ainda ou não suporta spoilers, pare de ler imediatamente! Foi o último aviso.

A nova namoradinha do Peter Petrelli (Caitlin) além de ser muito linda tem muita atitude. A cada episódio eu gosto mais dela. Quando ela diz que quer encontrar a vadia que matou o irmão dela (o bandidão ingênuo do Rick) para poder matá-la, demonstra que a personagem é forte e que se for bem aproveitada na trama vai fazer diferença nos capítulos vindouros.

Confesso que eu preferia o Peter com cabelo de emo (na verdade, eu nunca preferi o Peter, acho que é um personagem babaca com o poder mais incrível de todos) namorando a morena maravilhosa da Simone Deveaux. Mas como toda série de heróis tem de ter morte para caramba, a Simone acabou esticando as canelas bem cedo — cedo demais para o meu gosto.

Estou ficando de saco bem cheio é da vidinha de Malhação da Claire Bennet. Agora ela entrou numas de só querer ser líder de torcida e namorar o gurizinho voador. Será que ela não percebe que está apenas projetando no guri, que tem o mesmo poder que seu pai biológico, o sentimento que ela, num arremedo de complexo de Electra, tem pelo insosso Nathan Petrelli? Elocubrações à parte, aquela Debbie (loidezinha) conseguia mesmo ser um verdadeiro pé no saco. Mas foi demasiado imbecil o plano dela e do moleque de ela se jogar daquela altura para se matar e se regenerar.

O Burrinder Suresh foi quem por um lado reafirmou ser um personagem interessante, ao recusar-se a aplicar o tal do “vírus” na Monica — uma das melhores atrações da segunda temporada — entusiasmado com a sua aceitação quase maravilhada pela habilidade de “memória muscular”, como o Burrinder chamou seu poder num dado momento.

Por outro lado contudo, ele foi muito imbecil de acreditar nas conversas moles do Bennet e do Bob, assim como foi um idiota ao levar a Molly para a Companhia no primeiro sinal de problemas.

Mas da aparição do Mohinder Burresh o que eu gostaria de falar mesmo é sobre a Monica. Não acho que o poder dela seja tão supimpa quanto o da Charlie, mas se o Sylar pegasse as duas (sempre no mau sentido, claro, tenho a forte noção que ele não aprecia tal iguaria para outros fins que não sejam gastronômicos) ele nem precisaria de superaudição, telecinese ou radiação autoinduzida.

Monica é a personagem que faltava, uma heroína com um poder absolutamente fantástico, mas muito mais crível, porque ela só mimetiza em seus movimentos ações que ela vê outras pessoas comuns — não heróis — executando, portanto verossímeis. Tomara que St Joan apareça logo para fazer o que heróis de verdade fazem: chutar os traseiros de alguns bandidos miseráveis, e não essa frescura prepotente e megalomaníaca de salvar o mundo! E para isso ela ganhou do Bob uma arma secreta super poderosa, um iPod vídeo cheio de filminhos de artes marciais! Dá-lhe, Monica!

Apenas retomando o assunto Sylar, devo dizer que a Maya deve estar na maior carência para ficar tirando o Gabriel Gray (o verdadeiro nome de Sylar, para quem esqueceu) para amiguinho. Deve ser o resultado de toda essa correria fugindo da Republica Dominicana para chegar a Nova Iorque. Aliás, ouvi dizer (eufemismo para “li em um spoiler”) que no episódio “Four Months Ago” a ser exibido em umas poucas semanas será feita a conexão entre o final da temporada passada e o início dessa, e então veremos por que Maya e Alejandro são procurados por assassinato. Dizem que tem a ver com um casamento, e não duvido nada que ela tenha chorado por causa do noivo de outra, e criado o maior cu-de-boi.

Alan Blumenfeld como Maury Parkman

E por falar em cu-de-boi, estou achando muito interessante que os poderes dos heróis estejam indo a novos níveis; outro dia a Claire cortou o dedo do pé fora, e nasceu outro no lugar (queria ver se ela cortasse o pescoço, separando o corpo da cabeça, se nasceria outro corpo grudado na cabeça, ou outra cabeça grudada no corpo); Parkman teve um encontro com seu pai, Maury Parkman, e descobriu que como ele é capaz de ir além de “apenas” ouvir os pensamentos alheios, podendo inclusive entrar na mente das pessoas.

Achei bem interessante, devido à crueldade que isso implica, que o Haitiano agora possa vasculhar a mente das pessoas e deletar memórias específicas, e não apenas a mais recente. Não que isso seja uma grande novidade, lavagem cerebral é praticada diariamente com o consentimento das vítimas, mas nunca na velocidade que o Haitiano consegue imprimir ao processo!

Mas cu-de-boi mesmo quem arrumou, mais uma vez, foi o Hiro. Inventou de cair de amores pela mulher do Takezo Kensei, e foi flagrado dando uns pegas nela. O cara então resolveu  aliar-se ao inimigo e mandar às favas essa papagaiada de salvar o Japão. Creio que isso explique aquele Hiro do futuro durão e perito na espada, pois ele vai ter que rebolar para enfrentar um inimigo que é imortal, e segundo a lenda, anda por aí, com 400 anos de idade, talvez em busca de vingança.

Repito que o sexto episódio da segunda temporada foi fodástico, um dos melhores até agora, e é bastante provável que os próximos sejam ainda melhores. Tortura é ter de esperar uma semana inteira para poder assistir um novo episódio…

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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