“E Se Vivêssemos Todos Juntos?”

"E Se Vivêssemos Todos Juntos" é uma comédia franco-germânica que retrata a vida de cinco idosos que se conhecem há mais de quarenta anos, que assombrados pelo fantasma da casa de repouso resolvem ir viver todos juntos numa república.

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Ontem assisti ao filme “E Se Vivêssemos Todos Juntos?”. Dos filmes que vi em casa nestes últimos meses, com certeza foi um dos mais bonitos, sensíveis e emocionantes.

A história trata de cinco anciãos que são amigos já há mais de quarenta anos, e que num certo momento decidem ir morar todos na mesma casa, depois que o viúvo Claude é deixado pelo filho em uma casa de repouso.

O filme mostra com sensibilidade e delicadeza alguns tabus vinculados à terceira idade, como a decrepitude física e mental, a vida sexual e os esqueletos no armário — como casos extraconjugais e a ausência que um dos cônjuges (ou ambos) pode impor a si quanto ao casamento.

Provavelmente vai parecer meio bobo, mas de fato eu me identifiquei com os personagens do filme por causa de meus amigos. Assim como os cinco parisienses têm na tela uma sólida amizade que dura décadas, eu também tenho amigos que são meus amigos já há muitos anos (sei que eles diriam “muitas vidas”). Da mesma forma, para mim é o óbvio ululante que estarei com essas pessoas pelas próximas décadas, até que a morte venha buscar cada um de nós.

Enfim: o filme é lindo, Jane Fonda está muito bem no papel de quase-ela-mesma, e no final eu também tive vontade de sair chamando a Jeanne pelas ruas e parques de Paris.

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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