Cinco músicas para embalar um pé na bunda

A menos que você tenha sérios problemas psicológicos, como os celibatários, naturalmente vai acabar encontrando pessoas com quem vai se relacionar, e por mais que cada uma pareça ser a pessoa da sua vida, num dado momento vai acabar.

Que o diga a indústria do brega, do sertanejo e dor de cotovelo em geral, a música sempre cumpre um papel importante na catarse dos sentimentos que ficam ao término de uma relação, principalmente quando na equação você forneceu a bunda e a outra pessoa o pé.

Pensando nisso, separei cinco músicas (de muito bom gosto, afinal trata-se do meu gosto) para embalar esse momento tão doloroso. Por uma questão de didática dividi o pé na bunda em cinco fases, mas não quer dizer que com todo mundo seja assim (nem comigo).

Fase 1: tem algo errado nessa história

De repente, ou nem tanto, você começa a perceber que seu chuchuzinho não está mais te chamando de “minha buzuzinha”, “momosinho gotoso” ou coisa assim. A frequência com que você ouve expressões tão eloquentes quanto foneticamente simples, como “óóóóiinnn”, reduz a zero, ou quase. E quando acontecem, você percebe que tem algo errado.

Nessa hora, a canção certa para você não pode ser outra senão “(You’ve Lost) That Lovin’Feelings”, com os Righteous Brothers. Curta.

Bom, beijar de olho aberto é dose pra derrubar elefante, mesmo!

Fase 2: acabou

Essa é, provavelmente, a mais dolorida de todas. É quando seu traseiro fica doendo com a marca daquele sapato vagabundo imortalizada num hematoma, quando seu mundo cai e não tem nada mais trágico no mundo, nem mesmo cataclismos e hecatombes.

Para esse momento, a canção é “It’s Over”, cuja interpretação que mais aprecio é a do Dobie Gray, mas como não encontrei online essa versão, deixo que curtam sua fossa com o meu ídolo Roy Orbison.

Fase 3: sede não é nada, orgulho é tudo

A não ser que você seja uma pessoa doente, viciada em sofrimento, após um tempo na Fase 2 você vai recuperar sua autoestima, e fazer a fila andar.

Nesse momento nada mais apropriado que “Crying In The Rain”, que expressa o orgulho de não dar o braço a torcer, mas ainda revela que o amor não acabou.

Fase 4: o fundo do poço

Lembra quando eu disse que a Fase 2 seria a mais dolorosa? Deve ser mesmo, mas a pior e mais humilhante é a Fase 4, quando todo aquele papo de autoestima, orgulho, chorar na chuva e nunca deixar sua buzuzinha saber que você ainda é doido por ela (ou pelo seu momoso totoso, não importa) vai por água abaixo.

Para esse momento tão solenemente difícil não há outra canção a não ser “Love Of My Life”, interpretada pelo magnífico Freddy Mercury.

Acreditem, eu já apanhei por causa dessa música. Sim, Carla, estou olhando exatamente para você agora.

Fase 5: a alquimia

A primeira condição para alguém sair de um espaço qualquer é, primeiro, ter entrado nele. Após ter feito toda uma jornada de dor, sofrimento e humilhação, com breves momentos de pseudossanidade, você compreende que no mundo ninguém é de ninguém e está todo mundo se querendo.

Você passa a ver a outra pessoa não mais como sua pitititinha, mas como um ser que teve seu papel para sua evolução, cujos caminhos cruzaram com os seus, mas não havia um vínculo suficientemente forte para continuarem. Você finalmente percebe que ambos mentiram nessa relação, que ambos se deixaram violentar psicologicamente, e resta além da gratidão pelo caminho trilhado a alegria de ter podido conviver com aquela pessoa tão fantástica e que te mostrou que é possível ser feliz.

Para brindar esse momento tão importante (para ambos, pois você estará finalmente deixando de vampirizar a outra pessoa), só mesmo Goerge Michael interpretando “Freedom”.

E segue o baile!

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Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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