50 Tons de Cinza e Outras Séries de Sucesso que na Verdade são um Lixo

Há séries ruins, séries muito ruins, e as piores, aquelas que fazem sucesso e todo mundo e a sua mãe se sentem obrigados a achar boas, como essas.

Gossip Girl

Ops,“Gossip Girl” errada!

Durou umas seis temporadas, embora não exista explicação para ter concluído a primeira. Girou basicamente sobre dois eixos simples: pênis e sites de fofoca.

Quanto aos pintos, era basicamente sobre o pinto do Chuck, que era tudo o que a Bleargh Waldorf queria, mas ele passou por dentro de meio mundo de mulheres antes de comer a mulher do melhor amigo (Nate Samambaia Archibald), a Bleargh.

Também tinha a Serena, melhor amiga da Blair Waldorf, deu pro namorado dela, o Nate, e para quase todo o elenco avulso e não avulso da série, a loira funcionava como um controle de qualidade de pênis. Todos os pênis tinham que passar por ela.

Enquanto Serena dava para todo mundo e a Blair fazia esquema para conseguir o pênis do Chuck, um site de fofoca falava da vida de todo o crème brûlée da sociedade americana e o povo passou seis fucking anos para descobrir quem fazia o blog.

Sério, eu não estou mentindo. O Ego deles passou seis anos metendo o pau na moçada e ninguém teve a sensatez de processar para descobrir quem é. Para quê que esse povo queria dinheiro plmdds?

Isso mesmo meus amigos. Vocês passaram seis anos apaixonadinhos por uma série sobre o Te Dou um Dado.

Pretty Lirrle Liars

22 anos, solteiro e bonito, professor no ensino médio? Parece legítimo…

Mataram uma menina aí que sabia dos segredos das amigas adolescentes. Tudo coisa básica, uma é gay; outra pegou o namorado da irmã; outra pegou o pai traindo a mãe; e a outra vomitava tudo o que comia para não engordar.

Coisa normal, que acontece todo dia.

Só que os prováveis assassinos começam a mandar SMS para as amigas da morta, dando dica e fazendo bullying, ameaçando jogar tudo na cara da sociedade.

Pareceu interessante, né? E é, mas a execução é no mínimo sofrível.

As ameaças são sempre sérias demais para as gravidades dos segredos que as moças querem esconder, e a vilã sem rosto, autodenominada A, mostra que é tipo Deus em sua onisciência, onipotência e onipresença, o que funciona para o clima de tensão da série, mas não em termos de lógica.

As moças não podem ligar e pedir uma comida chinesa que A dá logo jeito de substituir o macarrão por minhocas vivas e elas precisam comer um delicioso prato de minhocossoba. Nhami!

As moças também não são assim, um primor do pensamento lógico, e a maior parte dos problemas em que se metem poderiam ser evitados com um mínimo de bom senso, mas é aquelas, né?

Colocando bom senso a história de Romeu e Julieta não tinha passado de um casamento de dois adolescentes que selou a paz de duas famílias inimigas.

Pretty Little Liars ao menos é engraçada nos seus defeitos.

A série é baseada numa coleção de livros que aqui tem o nome de Maldosas, Malvadas, ou algo que o valha. Os livros são ainda piores que a série, e dá para ver como a autora é preconceituosa do inferno. Explico:

  • A menina gay  acha que não é lésbica porque gosta de maquiagem, roupas e pentear os cabelos;
  • a menina lésbica deve ter escutado muito Raul Seixas e tem fobia de aranha;
  • a menina negra, coitada, leva para o time dos negros que foram escravizados e sofrem preconceitos até hoje e são chamados de macacos, e a característica mais marcante dela é o hálito de bananas;
  • a menina que dá pro professor diz que quer fugir para o Brasil com o amado e dormir sob as estrelas e comer só frutas tiradas do pé e em contato com os animais. Yes, nós temos bananas.

Smallville

Enquanto isso em Smallville…

O que dizer? É uma série sobre o jovem Super-Homem e todo dia tem um monstro e não tem a menor coerência com a história do homem de aço.

Fazia o gênero um monstro por dia e até começou legal com o Clark Kent descobrindo os poderes de acordo com a conveniência do monstro e valia mais pelo Lex Luthor maneiro, mas pesaram a mão e a coisa ficou de uma parvoíce tão atroz que todo ano eles anunciavam que ia acabar e não acabava.

O fundo do poço de Smallville foi botar a Super-Girl de biquíni, não teve volta. Para alguns acabou quando Lex casou com a japonesa wannabe.

Saga Crepúsculo

Bella Swan muito feliz. Ou muito triste. Não sei.

A saga dos vampiros com glitter é tão ruim que devia ser uma categoria. Quando a coisa é ruim demais, a gente, no lugar de dizer é muito muito muito muito muito muito horrível, diria “é um crepúsculo.” E as pessoas simplesmente entenderiam e nunca mais procurariam saber.

Simples assim.

Não há como comparar o que é pior, se os filmes ou se os livros. A única coisa realmente legal disso é que tem uma brasileira dizendo que é plagio da AUTOBIOGRAFIA dela, onde ela conta que sonhava com um cara e na verdade o cara era o vocalista do A-ha que contava altos babados futuros para ela.

E ela jura que o Morten sonhava com ela de volta, e que ele autorizou que ela publicasse o livro contando a história deles e que os dois são melhores amigos nos sonhos desde sempre.

A mulher também diz que as músicas do A-ha são sobre os sonhos que ele tinha com ela. A gente não sabe se acredita, por razões óbvias:

  • Se ela fosse amiga mesmo dele, mandava ele fazer mais coisas como Take on Me e menos coisas como todo o resto das músicas do A-ha.
  • quem em sã consciência quer brigar para ter a vida de Bella Swan?!

Todavia, ganhamos com Crepúsculo uma especial forma de xingamento. “vá depilar lobisomem” is the new “vá pentear macaco”.

50 Tons de Cinza

Só eu adoraria ver uma versão japonesa de 50 Tons de Cinza?

Alguém me falou que é inspirado naquele filme do tempo que o Mickey Rourke era bonito e a Kim Basinger não tinha sobrancelhas, o 9½ Semanas de Amor.

O filme é passável, mas o livro, num resumo rápido, é sobre um cara que quer comer uma mulher e consegue isso depois de alguns presentes caros.

A proposta da bestagem é ~apimentar as relações~ — provavelmente com a mensagem clara e simples de que você vai conseguir o sexo que sempre quis se der presentes caros para a mulher que você sempre desejou comer (para eles) ou que se você fizer fita direito, vai conseguir um presente caro, mas vai ter que dar depois (para elas).

Não é só idiota, é bem ruim também. Inclusive, a ex e atual BBB Anamara disse hoje que se deu muito prazer lendo. Aí ó, literatura para biscates confinadas em rede nacional.

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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