5 Bons Filmes com Finais Horríveis

Preparamos uma lista com bons filmes com spoiler de finais emporcalhados para você não desperdiçar uma tarde em casa.

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Você enche o saco por causa do chefe, marido, filho, namorado, _________ (insira aqui o seu problema costumeiro) e resolve ver um filminho para relaxar e preservar a vida dessas pessoas porque, afinal, você não é o goleiro Bruno para adiarem o seu julgamento eternamente.

E nisso você toma aquele banho, diz que tá doente pro chefe/namorado/marido, ou entope a criança herdeira da sua desgraça de xarope para tosse para fazer o moleque dormir, veste aquele pijamão listrado, calça as pantufas da Minnie e senta para assistir a um filminho, só você com você mesma e a máscara de creme verde na sua cara.

Tudo é relaxamento e diversão até que chega o final e o final é uma porcaria.

Para evitar frustrações desse tipo, preparamos uma lista com bons filmes com spoiler de finais emporcalhados para você não desperdiçar uma tarde em casa, mas indicar para o seu chefe ou para aquela mocreia do seu trabalho que todo mundo sabe que só foi promovida porque dá para o idiota do seu chefe.

— Não é o meu caso. Meus filmes são ruins desde o primeiro segundo.

Guerra dos Mundos (Versão do Spielberg)

Eu sei que muita gente diz que esse filme é ruim desde a primeira cena. Mas, calma. Eu estava gostando, tá?

Teve lá o filho do Tom Cruise, e o menino se perde enquanto eles estão fugindo dos alienígenas malvados que querem destruir o planeta, e aí o orçamento simplesmente acaba e os ETs são derrubados.

E você pensa “o que aconteceu?” e o Morgan Freeman aparece para te explicar que as maquininhas dos alienígenas foram derrotadas pela gripe.

Já sabemos que o Spielberg estava fazendo um remake e que ele tem mania de final feliz (enquanto a gente torce para ter um diazinho bom de nada, plmdds). E a gente até entende que os aliens do original também morreram. Mas custava muito fazer isso aparecer no filme?

Acredito de verdade que se tivessem dado ao roteirista o dinheiro do cachê do Morgan Freeman para te falar como aconteceu o final, teria sido uma escolha melhor.

O final de Donnie Darko também ninguém entendeu, mas eles tiveram a decência de não desrespeitar a inteligência de quem estava vendo com uma narração do final for dummies (só fizeram umas apostilas e jogaram na internet porque ninguém entendeu aquela porcaria até hoje).

A Filha do Mal

Vá lá que o filme inteiro sofre do mal da falta absoluta de sentido, mas eu sempre quero ver o final de um filme de espíritos malignos.

E você vai vendo e vai abstraindo a falta de noção do roteiro, os padres que querem dar a entrevista pro documentário mas estão preocupados com o que o Vaticano vai dizer, mas só na hora de exorcizar a mãe da menina.

Até que chega uma hora em que finalmente você se ajeita na cadeira e para de listar as coisas que tem que falar na reunião de condomínio, e aí sobe o cast e acende as luzes e seu emocional fica #chatiadésimo de ter perdido duas horas da vida, e lamenta profundamente não poder esmurrar o diretor.

Mas o pódio vai para Nicolas Cage!

Assim, Nicolas Cage fez nossa felicidade em vários filmes e em várias compilações de melhores momentos no Youtube (tipo essa), mas entre tantos filmes, claro que alguns teriam o final meia boca né?

Presságio

Tem o Nicolas Cage e ele é um esperto aí da vida que fica forever-aloneando e tem uns filhos fofos que pegam um papel velho com uns números no colégio.

Aí o Nicolas Cage descobre que os números são datas e coordenadas geográficas de desastres grandes e faz uma coisa que ele tá tentando desde Motoqueiro Fantasma, que é ser herói.

Só que, como em motoqueiro fantasma, não dá certo e ele fica querendo salvar as crianças.

E você começa a se acomodar melhor na cadeira, fica até tensa esperando para ver o desenrolar da conspiração ou poderes sobrenaturais ou que diabos é isso que o menino escuta.

Até que BOOOOOOMMMMMMMMMMMMM alienígenas. PLUS alienígenas que levam garotinhos para dar umas voltas numa nave espacial em troca de doce para sobreviver ao fim desse mundo em outro planeta.

É. Isso. Alienígenas. Mais inexplicável do que o Lincoln macaco de Planeta dos Macacos.

Cidade dos Anjos

Tem a Meg Ryan com aquele corte de cabelo que fez todo mundo querer ser loira e ter o rosto delicado, e tem aquela musiquinha que colocou o Goo Goo Dolls no mapa.

É assim, o cara, o Cage, é o homem da foice que vem buscar o povo quando a hora chega. Daí ele achou que a loirinha (alô loirinha!) sabia mexer e pensou que era negócio abandonar o paraíso pelo prazer único de dar umazinha.

E ele até escolheu a namoradinha da América né? Médica, tinha dinheiro para sustentar ele, já que ninguém ia contratar um cara que começou a existir com 35 anos e não fez nem o primário.

E ele, coitado, inocente, achou que uma cirurgiã ia ter o bom senso de andar de bicicleta com os olhos abertos e prestar atenção na estrada, especialmente se for rota de caminhão de tora de madeira.

Infelizmente, não foi o caso.

A jumenta batizada da Meg foi comprar peras e estava voltando para casa ouvindo música tão alto, que não escutou a buzina do caminhão, e nem viu o caminhão por motivo de: estava de olho fechado e sem as mãos no guidão da bicicleta (vai ver tem mulher que fica desorientada mesmo quando consegue um homem, só isso explica) e foi esmagada pelas toras de madeira.

E você espera que o anjo da morte saiba que a mulher por quem ele abre mão da vida eterna vai morrer em uma semana.

Caça às Bruxas

O filme começa com o transporte de uma mulher que pode ou não ser bruxa. E você é levado a acreditar que se trata de um desses filmes de terror subjetivo, onde no final você descobre que o homem é o demônio do homem e é a coisa definitiva a se temer.

Só que a mulher dá margem a dúvida se ela tem ou não os poderes de forma mais tenebrosa. Mas ainda é uma mulher. E você continua vendo. É uma mulher. É uma bruxa. É um filme legal. Poxa, que maneiro.

Aí a mulher é o demônio e voa.

Fim.

E você, pobre pessoa, não pode recuperar as horas da vida que perdeu.

Administrador de sistemas, CEO da PortoFácil, humanista, progressista, apreciador de computadores e bugigangas eletrônicas, acredita que os blogs nunca morrerão, por mais que as redes sociais pareçam tão sedutoras para as grandes massas.

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